Problema
Falta de pagamento volta a deixar Ambulatório de Saúde Mental às escuras
Corte de energia ocorre pela segunda vez em dois meses; apesar do problema, atendimentos não foram afetados
Foto: Carlos Queiroz - DP - Atendimentos do final da tarde precisaram ser adiantados para não ficar às escuras
Pela segunda vez nos últimos dois meses, um dos prédios do Ambulatório Especializado em Saúde Mental de Pelotas ficou sem energia elétrica por conta de atraso no pagamento da conta. A falta de eletricidade foi notada pelos funcionários na última quarta-feira (26) e, até o fechamento da reportagem, na sexta, a ligação ainda não havia sido restabelecida. De responsabilidade da Prefeitura, o prédio é destinado ao atendimento e acolhimento de pacientes infantojuvenis.
Apesar da falta de energia, servidoras do ambulatório, que preferiram não ser identificadas, ressaltaram que nenhum atendimento foi afetado. "Fica complicado suspender atendimentos em função disso. A gente continua atendendo porque a saúde mental não pode esperar", avaliam. Segundo as servidoras, a situação foi comunicada à coordenação e à Prefeitura na quarta-feira, assim que o problema foi notado. "Quando chegamos e disseram que estava sem luz, já mandamos mensagem. Achamos estranho porque todo mundo tem luz na volta e nós não. Nos disseram que já tinham falado com os responsáveis", contou um das funcionárias.
Na rotina do ambulatório, que funciona das 8h às 18h, a falta de luz incomoda mais durante os atendimentos no fim da tarde, quando começa a anoitecer. Segundo as servidoras, diante do problema, nos últimos dias foi feito pedido para que os pacientes chegassem mais cedo para as consultas, quando possível.
O local não possui internet e linha telefônica, recursos já solicitados e ainda não atendidos. Então, segundo elas, a falta de luz não afeta tanto neste sentido. Usando telefones celulares, no entanto, contam que a recarga só pode ser feita em casa e, para outras necessidades de energia, precisam recorrer ao ambulatório adulto, que fica ao lado.
Relembre
No início de março, o Diário Popular acompanhou a primeira vez em que o problema ocorreu no ambulatório. Naquela ocasião, o atraso no pagamento da conta de luz dos meses de janeiro e fevereiro foi o motivo do corte da eletricidade por parte da CEEE Equatorial. À época, a Prefeitura informou que o débito seria quitado ainda naquela semana e que o atraso ocorreu devido a uma falha no sistema administrativo, já que as contas estão no nome do proprietário do prédio, que é alugado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) desde 2020.
Mesmo problema, mesmo motivo
Através da Assessoria de Comunicação, a Prefeitura confirmou o atraso de pagamento como motivo para a nova falta de eletricidade no ambulatório e, novamente, apontou a mesma falha administrativa com causadora. Segundo o secretário da Fazenda, Cristian Kuster, os servidores da SMS não identificaram os boletos no sistema na hora de efetuar os pagamentos porque a conta está no nome do proprietário do imóvel. Kuster disse ainda que o pagamento foi efetuado e uma ligação de emergência foi solicitada. O secretário também informou que a situação da titularidade das faturas está sendo regularizada junto à distribuidora de energia.
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